terça-feira, 23 de setembro de 2014

“Muitos não estão procurando o Estado para resolver seus conflitos”, diz ministro do STJ.

Matéria do site clicrbs de 22/09/2014- segue link: http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2014/09/22/muitos-nao-estao-procurando-o-estado-para-resolver-seus-conflitos-diz-ministro-do-stj/?topo=67,2,18,,,77

O ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, do Supremo Tribunal de Justiça, participou nesta segunda-feira da 17ª Conferência Estadual dos Advogados, em Brusque. Fez um alerta sobre criminosos que assumem o papel do Estado na resolução de conflitos. Leia abaixo dois trechos de sua apresentação:
“Muitos não estão mais procurando o Estado para resolver seus conflitos. Estão procurando os traficantes, os marginais, para dar efetividade para aquilo que nosso sistema não dá conta. Isso aconteceu na Itália, no Paraguai, na Espanha. Exemplos não faltam. Ou oferecemos a essas pessoas alguma maneira de resolver seus conflitos, além de dar educação, saúde e segurança, ou irão bater na porta de quem possa oferecer isso, ainda que de maneira torta. Precisamos de algo elementar, que é mudar as mentalidades. Por meio da mediação e outros métodos, como negociação e a conversa, conseguimos resolver num tempo menor e a um custo muito menor, ressalvando os honorários daqueles que devem receber. Tornamos assim a justiça mais acessível aos grandes contingentes populacionais que estão sendo marginalizados”, disse.
Buzzi também lembrou que em vários países os métodos de resolução de conflitos estão ressurgindo. “Na China, até hoje, se você não consegue resolver um conflito simples, é considerado uma pessoa inábil, um cidadão incompetente. Você tem a reprovação contra si mesmo, depois contra sua comunidade e sua família, que não pode lhe dar educação para resolver conflitos simples sem a presença de um terceiro. Somos o último país entre os emergentes, e talvez um dos últimos no mundo, que ainda não tem um marco regulatório da mediação, que finalmente está prestes a ser aprovado. Com ele, teremos duas novas carreiras na área jurídica, a do mediador judicial e do mediador extrajudicial, além da mediação comunitária, que já existe”.

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