segunda-feira, 25 de setembro de 2017

MPCE promove dia de lazer com mediadores comunitários

Em comemoração ao Dia Mundial da Paz, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Programa dos Núcleos de Mediação Comunitária (PNMC), promoveu um dia de lazer com os mediadores comunitários voluntários do Programa. Reunindo representantes da coordenação do PNMC e 118 mediadores, o evento aconteceu na última quinta-feira (21/09), no SESC Iparana.
Na acolhida, os mediadores refletiram sobre a importância de estarem reunidos. Além disso, os voluntários ouviram uma mensagem enviada por Juan Carlos Vezzulla, entusiasta da causa internacional. A programação também contou com sorteio de prêmios, caminhadas, atividades de lazer na piscina e prática esportiva.
Além do Dia Estadual do Mediador Comunitário, celebrado em 13 de setembro, o Município de Fortaleza também instituiu o Dia Municipal do Mediador, festejado em 24 de setembro. O MPCE realizou, durante esta semana, outras atividades para homenagear os mediadores voluntários. No dia 13, o MPCE realizou uma palestra motivacional com o tema “É preciso amar para mediar…”. No dia 20 de outubro, os mediadores participarão de um café da manhã com o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios.

Confira aqui mais fotos: www.flickr.com/photos/mpceoficial.


Fonte: Assessoria de Imprensa   
Ministério Público do Estado do Ceará

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

MPCE comemora Dia Estadual do Mediador Comunitário

“É preciso amar para mediar…” foi o tema da palestra motivacional ministrada pela jornalista, escritora, terapeuta nativa e blogueira, Kareemi, que marcou o Dia Estadual do Mediador Comunitário, promovido pelo Programa Núcleos de Mediação Comunitária do Ministério Público do Estado do Ceará. Instituído pela Lei nº 14620/2010, o Dia Estadual do Mediador Comunitário é comemorado em 13 de setembro com homenagens aos valorosos voluntários que se dedicam à promoção da paz social e ao pleno exercício da cidadania. O início das comemorações foi realizado, na manhã desta quarta-feira, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ).
Além da palestrante, participaram da mesa diretora dos trabalhos a vice-governadora do Estado do Ceará, Izolda Cela; a vice-procuradora geral de Justiça, Vanja Fontenele; a promotora de Justiça Iertes Gondim; o secretário-chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Fortaleza, Francisco Queiroz; a vice-ouvidora do MPCE, Maria Magnólia Barbosa; a representante da Associação Cearense do Ministério Público, Liduína Martins; a presidente da Comissão Especial de Mediação, Conciliação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil, Maria Darlene Monteiro; o presidente do Sindicato de Transportes de Passageiros (Sindiônibus) Dimas Barreira; e a mediadora do Núcleo de Mediação da Parangaba, dona Pedrina de Araújo.
A promotora de Justiça Iertes Gondim agradeceu a todos os parceiros, mediadores e a todos os integrantes da rede que forma o sistema de garantia de direitos que contribuem para o funcionamento do Núcleos de Mediação. Ela registrou seu reconhecimento ao pioneirismo da implantação do trabalho pela ex-procuradora geral de Justiça Socorro França e pelo promotor de Justiça Edson Landim. “O trabalho de mãos dadas é que nos impulsiona a seguir em frente, com mediadores de 18 a 83 anos. Temos que ter fé, porque o nosso Deus é o do impossível”, disse, ao acrescentar a importância do projeto de mediação escolar encampado pelos promotores de Justiça Hugo Lucena (da Infância e Juventude) e Elizabeth Oliveira (de Defesa da Educação).
A vice-procuradora geral de Justiça, Vanja Fontenele, destacou que o trabalho de mediação era caro não só para o Ministério Público, mas para toda situação mundial, em que se constata toda forma de conflito. Ela recordou a inauguração da primeira Casa de Mediação no bairro Pirambu. “Tenho muito orgulho de ter participado daquele momento histórico. Éramos 18 mediadores e a metade desistiu, porque não é fácil. Só ficaram os que se identificaram. Hoje, somos 135 mediadores. Isso significa que a luta valeu a pena. Que a mediação reproduza a mensagem de amor e de paz que tanto precisamos”, comemorou.
A vice-governadora, Izolda Cela, mostrou-se honrada em participar daquele momento tão relevante para o MPCE. Para ela, a expectativa é a de que o programa de mediação seja expandido cada vez mais, uma vez que havia tantas pessoas compromissadas com a causa. “Vocês estão prestando um serviço relevante à pátria e à cidadania. Os mediadores já fazem uma prestação de contas à sociedade pelo seu trabalho. Não tenho dúvida de que estamos fazendo uma melhoria ao tecido social”, disse. Ela declarou que não temos como enfrentar a violência se não melhorarmos a promoção do diálogo respeitoso, o qual faz parte da mediação de conflitos.
Por meio da sua história e do seu corpo, a palestrante Kareemi provou que grandes tragédias podem se transformar nas maiores oportunidades para a realização pessoal e profissional. A jornalista, que atuava como executiva de mídia em grandes redes de comunicação do país, teve sua vida transformada no Réveillon de 2012, quando sofreu um grave acidente que a deixou entre a vida e a morte e ocasionou a amputação de seu braço direito.
Buscando a interatividade com a plateia, Kareemi enfatizou que sua conversa era sobre vida, que é feita de fatos encadeados e de conflitos nas relações interpessoais. Mas, o entendimento e o diálogo para a boa convivência estão embasados na paciência, como ciência da paz, para ouvir os lados conflituosos. Para ela, o segundo passo, também de igual importância, está na capacidade de cada um sentir empatia, que significa colocar-se no lugar do outro. “Portanto, a mediação voluntária é um trabalho de grande valor, nobreza e disposição, tendo que ter muito amor, paciência e empatia para desempenhá-lo”, considerou.
Porém, Kareemi demonstrou preocupação com a possibilidade de o prazer de ser reconhecido como uma referência para a comunidade se transforme num prazer maior do que o serviço prestado, deixando de ser um trabalho voluntário para se tornar um trabalho por interesse pessoal. Além disso, ela pediu que as pessoas não usassem mais a expressão “ter um problema”, preferindo mencionar que ocorreu um fato. “Quando conotamos um fato como problema, isso se torna um fardo, tencionando-o como uma dificuldade. Quero que instituam que a palavra problema etá excluída do dicionário da vida de vocês”, disse.
Para ela, viver é resolver fatos e a arte de se lidar com as adversidades. Kareemi afirmou que o pensamento positivo dá comando às atividades funcionais de nossas células, uma vez que as doenças teriam origens emocionais. “A limitação das nossas capacidades está na mente. O nosso padrão mental pode ser mudado a favor de uma vida fluida, capaz, hormônica e em paz, concretizando as boas intenções”, entende.
Através da sua vivência ela argumenta a possibilidade de ressignificar fatos difíceis da vida e desenvolver resiliência e aceitação, contagiando os espectadores ao transmitir suas experiências e fazendo com que as pessoas consigam transportar para as respectivas vidas a maneira leve que Kareemi tem de ver e viver fatos tão inusitados desde a infância.
O Programa Núcleos de Mediação Comunitária do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a partir da Coordenação do Programa Núcleos de Mediação Comunitária, pelos promotores de Justiça Iertes Meyre Gondim Pinheiro, Saulo Moreira Neto e Ana Claudia Uchoa de Albuquerque Carneiro, tem por finalidades a transformação e o empoderamento do cidadão para, através da mediação, dos seus princípios e metodologia, protagonizarem na missão da promoção da paz a partir do diálogo de maneira responsável e cooperativa na busca das melhores soluções que satisfaçam a todos e, dessa forma, emanciparem-se do Estado, gerando autonomia e empoderamento nas suas ações na resolução de seus conflitos.



Fonte: Assessoria de Imprensa
Ministério Público do Estado do Ceará