quarta-feira, 28 de julho de 2010

ASSISTA AOS VÍDEOS DO ANIVERSÁRIO DE DEZ ANOS NO NÚCLEO DE MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA DA PARANGABA

1) http://www.youtube.com/watch?v=fQyUQbtDjcw
2) http://www.youtube.com/watch?v=VcsbiFqRyLI
3) http://www.youtube.com/watch?v=etuCrdK-S9g
4) http://www.youtube.com/watch?v=z4IVrUvp3S0
5) http://www.youtube.com/watch?v=eyQR5tum52E
6) http://www.youtube.com/watch?v=0k2K8dP358g
7) http://www.youtube.com/watch?v=emTlumaJIkE

META É AGILIZAR DOIS MIL DIVÓRCIOS

Fórum mobilizará suas 17 varas da Família para avaliar os processos protocolados antes do dia 14 de julho

A advogada não aguentava mais o ciúme do marido. Beirava à doença. Ao ponto dele segui-la em todo canto. Do trabalho aos mínimos momentos de descontração com amigas. Dois anos nessa peleja, veio a estafa.

Cansada, anunciou a separação e saiu de casa. Era 1998. Porém, para colocar um ponto final na história com o engenheiro, precisou provar a separação judicial por mais de um ano. O divórcio só saiu três anos e meio após isso. “Foi um processo extremamente constrangedor, porque eu tive que conseguir testemunhas. Me expus muito”, recorda.

Em Fortaleza, cerca de dois mil casais vivem hoje a chateação de terem seus pedidos de divórcio sob a ótica da mesma legislação que resolveu a vida da advogada. Em suma, um código atrasado. Desde o último dia 14, a vigência da Emenda Constitucional nº 66 instituiu o chamado divórcio direto.

Por conta disso, as demandas dessa natureza em tramitação nas 17 Varas da Família do Fórum Clóvis Beviláqua serão avaliadas num mutirão de uma semana inteira. A ação só ocorrerá em setembro - entre os dias 13 e 17. Contudo, os estudos de identificação dos casos já iniciaram para as partes serem convocadas.

A ideia é colocar homem e mulher frente a frente para mais uma tentativa de conciliação. “Por uma questão moral, temos que buscar isso”, explica o coordenador das varas de família e titular da 15ª Vara, juiz José Krentel Ferreira Filho.

Quando não houver acordo, o casal será aconselhado a transformar o processo antigo num que possa ser analisado pela Emenda nº 66. Se a resposta for negativa, o pedido de divórcio será extinto.

O magistrado, porém, aposta num alto índice de consensos. “Nessas semanas de conciliação, temos conseguido algo em torno de 60% de acordos É muita coisa”.

Reflexo
Concluídas as tramitações desses processos, o caminho fica livre para ações de outras naturezas. São as varas de família que recebem pedidos de guarda, pensão alimentícia e investigação de paternidade, por exemplo. “Ter dois mil a menos aliviaria bastante”, pondera Krentel.

Matéria de Bruno de Castro, Jornal O Povo (28/07/10)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CONJUGUE CORRETAMENTE O VERBO 'MEDIAR'‏

Você acha que sabe conjugar o verbo 'mediar'? Pois bem, veremos. Se você conjuga 'mediar', no Presente do Indicativo, da seguinte forma: Eu medio, tu medias, ele media..., saiba que está errado.

Por incrível que pareça, a conjugação correta é: Eu medeio, tu medeias, ele medeia...

Isto acontece porque há cinco verbos terminados em iar com conjugação irregular: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.

No link (http://www.conjuga-me.net/verbo-mediar), a conjugação completa do verbo que move nossos trabalhos no Programa dos Núcleos de Mediação Comunitária do Ceará. Em vermelho, as situações em que 'mediar' tem conjugação irregular.

terça-feira, 13 de julho de 2010

INFORME 54: NÚCLEOS CADA VEZ MAIS MIDIÁTICOS



CLIQUE NA IMAGEM

Nascimento da Teoria e da Técnica de Mediar Conflitos

Germana Mota

A mediação é considerada uma prática milenar. Seu surgimento deu-se no hemisfério oriental, indícios comprovam que foi utilizada, no período anterior a Cristo, por Confúcio e, também pelos povos judeus, sendo considerada por eles uma filosofia de vida.

Na realidade ocidental, principalmente, após as mudanças ocasionadas pela Revolução Industrial, inicialmente, a negociação tornou-se um meio alternativo para solucionar conflitos, visto que a justiça tradicional/formal não consegue alcançar o grau da amplitude sócio-econômica e cultural desse novo contexto histórico do mundo pós-moderno.

Como primeiro exemplo do exercício da negociação, facilitada por mediadores, no sentido literal da palavra, no mundo pós-revolução industrial, podemos mencionar sua utilização na resolução de conflitos da área trabalhista. Um mundo no qual, de um lado máquinas trabalhavam de maneira desenfreada, sugando o máximo da força de trabalho - a meta era produzir – e, de outro lado, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, iluminando sonhos de trabalhadores que lutavam, entre outras coisas, por uma jornada de trabalho menos exaustiva. Intenções tão dispares que geravam conflitos tão concretos, os quais não conseguiam ser resolvidos pelo Estado, assim, era necessário encontrar uma mediação de interesses.

Historicamente, também, podemos pensar no desenvolver da teoria de mediação de conflitos, conhecida atualmente, durante o episódio da Guerra-Fria (1945-1991), período em que se buscava a negociação cooperativa entre os países envolvidos, entretanto, conforme Vezzulla (2006), tal método era falho ao formalizar acordos diante da coação e pressão dos países mais fortes, sendo, portanto, instáveis ao período de guerra.

Segundo Braga Neto (2008), a sistematização da mediação como conhecemos hoje ocorreu a partir da década de 1970, por interesses de estudiosos da Universidade de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, que iniciaram pesquisas sobre a mediação, a partir dos conhecimentos repassados por seus colonizadores, com o objetivo de criar fundamentação teórica acerca da mediação.

Dessa forma, ao longo dos anos, o aperfeiçoamento da técnica de negociação cooperativa e a filosofia, existente acerca da mediação, deram origem ao que hoje é conhecida e aplicada mundialmente, como a teoria e técnica da mediação de conflitos.
O conceito que melhor caracteriza a mediação de conflitos, permeado pelos conhecimentos da teoria elaborada em Harvard, e por outras abordagens (sistêmica e transformista), é dito nas palavras de Vezzulla (2006, p.80) como:

(...) o procedimento privado e voluntário coordenado por um terceiro capacitado, que orienta seu trabalho para que se estabeleça uma comunicação cooperativa e respeitosa entre os participantes, com o objetivo de aprofundar na análise e compreensão do relacionamento, das identidades, necessidades, motivações e emoções dos participantes, para que possam alcançar uma administração satisfatória dos problemas em que estão envolvidos.

A mediação de conflitos, na década de 1980, tornou-se conhecida mundialmente. De acordo com Six (2001 apud SALES, 2004a, p. 116) “(...) depois de dez anos de exploração, que foram dez anos de semeaduras e de implantações – pôde-se chamar os anos de 1980 -1990 de década da mediação – eis o tempo de explosão: fala-se em todos os lugares de mediação”.

Portanto, esses parágrafos expõem de forma resumida como nasceu a teoria e técnica da mediação de conflitos, hoje conhecida mundialmente, como alternativa à resolução de controvérsias, à prevenção de conflitos e, sobretudo, à formação de uma cultura de paz.

Referências

VEZZULLA, Juan Carlos. A mediação de conflitos. In:_____. A mediação de conflitos com adolescentes autores de ato infracional. Joinville, Santa Catarina: Habitus Editora, 2006. cap. 2, p. 79-111.

BRAGA NETO, Adolfo. Mediação de Conflitos e Políticas Públicas – A experiência com a mediação comunitária em distritos de alta vulnerabilidade da Grande São Paulo. Revista Brasileira de Arbitragem, São Paulo, SP, Edição nº 18, p. 80-92, abr/jun. 2008.

SALES, Lília Maia de Morais. Justiça e Mediação de Conflitos. Belo Horizonte: Del Rey, 2004a.



O texto acima é um recorte feito a partir da monografia de final de curso Germana Mota, estagiária de serviço social do Núcleo de Justiça Comunitária da Grande Messejana

Programa de Conciliação Leva Prêmio por Inovar a Justiça

No link abaixo, é possível visualizar a reportagem Veiculada no jornal da globo acerca do programa Justiça Comunitária, ressalta-se aqui o Núcleo de Justiça Comunitária do Pirambu

http://g1.globo.com/videos/jornal-da-globo/v/programa-de-conciliacao-leva-premio-por-inovar-a-justica/1299512/