quarta-feira, 2 de abril de 2014

Núcleos trabalham conflitos a partir da mediação

Matéria do site O Povo Online de 01/04/2014 - segue link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/04/01/noticiasjornalcotidiano,3229149/nucleos-trabalham-conflitos-a-partir-da-mediacao.shtml


Diálogo e tolerância são utilizados por núcleos de mediação que trabalham com grupos de jovens da Capital.
HUMBERTO MOTA/ ESPECIAL PARA O POVO
Projeto no Bom Jardim transforma jovens em multiplicadores de uma cultura de paz

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Uma briga entre vizinhos, uma discussão entre namorados ou um desentendimento na escola. Um olhar torto. A juventude pode ser palco para inúmeros conflitos que, não raro, terminam em tragédia. Com o objetivo de reduzir os índices de violência da Capital, núcleos de mediação de conflitos reúnem e capacitam jovens e provam que diálogo e tolerância podem ser ferramentas importantes na construção de uma cultura de paz.

“Os conflitos são naturais nas relações sociais. Aqueles que não são prevenidos de modo adequado com ações educativas ou são mal solucionados ou administrados podem se agravar com o decorrer do tempo”, explica, em entrevista realizada por email, a supervisora de Mediação de Conflitos da Rede Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cuca), Vita Saraiva. O Cuca da Barra do Ceará mantém, desde 2013, um espaço dedicado à temática.
Segundo Vita, a equipe de profissionais do núcleo, composta por psicólogos, educadores e assistentes sociais, é a responsável por identificar potenciais conflitos na comunidade. “Nossos principais objetivos são o restabelecimento e o fortalecimento dos vínculos da comunidade”, afirma. A previsão da Prefeitura é que até maio deste ano os Cucas do Jangurussu e do Mondubim também tenham os seus núcleos.
Um começo
No Lagamar, é a Central Única das Favelas (Cufa) quem atua na mediação de conflitos. “A gente conhece os meninos e as famílias e tenta dialogar para buscar uma paz. No Lagamar, são os pequenos detalhes que podem fazer um cara perder o rumo”, comenta o coordenador estadual da Cufa, Del Lagamar. 

Os conflitos mais comuns, aponta Del, envolvem família, relacionamentos, escola e drogas. Por semana, estipula, o grupo, composto por cinco moradores, realiza cerca de 30 mediações na região. “O papel da mediação tem que ser na rua. Se tem um problema, você vai lá e conversa”, afirma.
Atualmente, o grupo trabalha na formação de líderes e mediadores entre os próprios jovens da comunidade. “É uma sementinha plantada. Queremos focar na juventude para, quando o cara for mais velho, ele entender que passou por um processo. Tá na boca de todo mundo que Fortaleza está acabada. Mas tem jeito, sim. Achamos que a mediação é um começo”.

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