O Programa dos Núcleos de Mediação Comunitária (PNMC), do Ministério
Público do Estado do Ceará (MPCE), é visitado frequentemente por outros
MPs brasileiros e até por visitantes internacionais que vêm conhecer o
seu funcionamento e promover a troca de experiências. A professora
Rosemary de Oliveira, que realizou projeto de pesquisa tendo como objeto
de estudo a atuação do Programa em três bairros de Fortaleza – Pirambu,
Parangaba e Bom Jardim –, considera que os benefícios são inúmeros não
só para a comunidade, mas também para os próprios mediadores, que
procuram se qualificar. “Eles sentem a necessidade de se capacitar para
atuar cada vez melhor. A própria capacitação em conflitos resultou na
alfabetização de alguns e na inserção de outros no Ensino Superior”,
destaca a pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
A coordenadora do Programa, promotora de Justiça Iertes Gondim,
destaca a dedicação das assessoras técnicas Jucileide Cronemberger e
Patrícia Palhano para o fortalecimento do Programa. “Elas começaram como
mediadoras voluntárias, foram supervisoras e hoje se dedicam com muito
amor e compromisso a tudo que envolve a mediação. Elas ministram aulas
nos cursos e seminários sobre o tema e temos muito orgulho em tê-las
como referência técnica para dar continuidade às ações”, disse Iertes.
A mediação comunitária pode ser utilizada nas mais diversas áreas de
atuação do Ministério Público. Uma delas é a defesa dos direitos das
pessoas idosas e com deficiência. O Provimento 013/2017 criou, no âmbito
do MPCE, o Núcleo de Mediação do Idoso e da Pessoa com Deficiência.
Para facilitar o seu funcionamento, a Secretaria-Executiva das
Promotorias de Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência, o
CAOCidadania e a Coordenação do PNMC estão realizando, em parceria com a
ESMP, uma capacitação de mediadores voluntários que atuarão nesta área
específica.
“Quando me convidam para falar da mediação, me sinto
indiscutivelmente reconhecida. Pois quando a gente se apaixona por algo e
dá o seu melhor, o reconhecimento é só uma consequência. Hoje, já
existe uma literatura na área que nos apoia de diversas formas,
diferentemente do início, tornei-me uma estudiosa desta temática, mas
não há técnica que supere a prática, a vivência de mediar, isso nos
transforma de uma forma indescritível. Por isso, quero que mais pessoas
experimentem a mediação, pois ela faz de mim uma pessoa melhor.”
Jucileide Cronemberger
“Na mediação, trazemos um pouco do passado dos envolvidos para
entender o presente e daí construir um futuro, conhecendo e tratando o
motivo que levou ao conflito. Acredito que a Mediação é o caminho mais
adequado para resolver conflitos familiares, comuns nas Promotorias de
Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência. É gratificante ver o
interesse das pessoas em um curso como este e os relatos delas dizendo
que mudaram a forma de tratar e enxergar os próprios conflitos
familiares.”
Patrícia Palhano
Fonte:
Assessoria de Imprensa
Ministério
Público do Estado do Ceará
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