sexta-feira, 6 de outubro de 2017

MPCE é referência em mediação comunitária

O Programa dos Núcleos de Mediação Comunitária (PNMC), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), é visitado frequentemente por outros MPs brasileiros e até por visitantes internacionais que vêm conhecer o seu funcionamento e promover a troca de experiências. A professora Rosemary de Oliveira, que realizou projeto de pesquisa tendo como objeto de estudo a atuação do Programa em três bairros de Fortaleza – Pirambu, Parangaba e Bom Jardim –, considera que os benefícios são inúmeros não só para a comunidade, mas também para os próprios mediadores, que procuram se qualificar. “Eles sentem a necessidade de se capacitar para atuar cada vez melhor. A própria capacitação em conflitos resultou na alfabetização de alguns e na inserção de outros no Ensino Superior”, destaca a pesquisadora da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
A coordenadora do Programa, promotora de Justiça Iertes Gondim, destaca a dedicação das assessoras técnicas Jucileide Cronemberger e Patrícia Palhano para o fortalecimento do Programa. “Elas começaram como mediadoras voluntárias, foram supervisoras e hoje se dedicam com muito amor e compromisso a tudo que envolve a mediação. Elas ministram aulas nos cursos e seminários sobre o tema e temos muito orgulho em tê-las como referência técnica para dar continuidade às ações”, disse Iertes.
A mediação comunitária pode ser utilizada nas mais diversas áreas de atuação do Ministério Público. Uma delas é a defesa dos direitos das pessoas idosas e com deficiência. O Provimento 013/2017 criou, no âmbito do MPCE, o Núcleo de Mediação do Idoso e da Pessoa com Deficiência. Para facilitar o seu funcionamento, a Secretaria-Executiva das Promotorias de Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência, o CAOCidadania e a Coordenação do PNMC estão realizando, em parceria com a ESMP, uma capacitação de mediadores voluntários que atuarão nesta área específica.

“Quando me convidam para falar da mediação, me sinto indiscutivelmente reconhecida. Pois quando a gente se apaixona por algo e dá o seu melhor, o reconhecimento é só uma consequência. Hoje, já existe uma literatura na área que nos apoia de diversas formas, diferentemente do início, tornei-me uma estudiosa desta temática, mas não há técnica que supere a prática, a vivência de mediar, isso nos transforma de uma forma indescritível. Por isso, quero que mais pessoas experimentem a mediação, pois ela faz de mim uma pessoa melhor.”
Jucileide Cronemberger


“Na mediação, trazemos um pouco do passado dos envolvidos para entender o presente e daí construir um futuro, conhecendo e tratando o motivo que levou ao conflito. Acredito que a Mediação é o caminho mais adequado para resolver conflitos familiares, comuns nas Promotorias de Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência. É gratificante ver o interesse das pessoas em um curso como este e os relatos delas dizendo que mudaram a forma de tratar e enxergar os próprios conflitos familiares.”
Patrícia Palhano


Fonte: Assessoria de Imprensa   
Ministério Público do Estado do Ceará  

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